domingo, 12 de fevereiro de 2012

Som do Silêncio.

não existe arte sem dor.
profunda.
de lá de onde, não mais se discerne
o que é amor
o que é dor
o que é-não-é.

só na profundidade
é no escuro
que tenho a luz.
a luz e as cores.
o som e o silêncio.

halleluijah.halleluijah.halleluijah

não existe arte
que não seja
redenção.
de lá do fundo,
de mãos dadas com Dante e Deus.
onde nada mais se discerne...

a amplitude do não tempo
sem segundos
em cem segundos.
sem sombras
sem velas
sem você

não existe arte que não seja perdão.
Perdoe-me, perdoem-me.
Por ainda não ser, por ainda não ser
O que sou,o que somos.

Não há arte que não seja o perdão
Sentido, sussurrado e gritante
Eu  sou o dedo estendido
Da Capela da Sistina.
Não!
Eu sou a molécula que vibra entre os dedos da
Capela.E já sou todo: uma prece.

Não existe arte que não seja
O grito.
Essencial.
(Me dê a mão.)
Porque estou aqui, bem aqui,
No auge da esquizofrenia
Do falso nós.

Tudo porque 
Não existe arte que não seja
Da profundeza
Da consciência em resquício
De que eu sou
Também e desde sempre:
Você.

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