Deixe estar,
mesmo quando sem:
o bem-estar.
Porque a arte é a luz que entra
no quarto mofado da angustia,
e liberta
e beija
com uma brisa que desfila:
Arrepiando a face do retrato
Preto e branco,
Quase coitado.
Refrescando o leito
Em pedaços,
Mas não ainda salgado.
Deixe estar,
logo vem, ele vem:
este bem-estar.
Porque o verso
é o exorcismo submerso
de cada coração, antes indigesto,
que lendo vai, assim, deixando
o que seria antes
pranto.
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