O que dizer
da poesia, nada fina
da larga mandíbula.
O que não dizer, indizível
da alma silente gritante que carrega
toda barba malfeita.
Ah! Se insinua, assim,
desfeito (!) o acordo social
da limpeza cordial.
O que dizer,
do olhar castanho amendoado,
do pescoço pesado,
do calo em mãos dado.
Dizei
a poesia que há,
em cada duro caminhar
dessas almas práticas,
com pouca prática,
na arte de se dar.
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